Pista da rodovia Presidente Dutra está interditada há mais de um ano na cidade
A concessionária CCR RioSP, administradora da rodovia Presidente Dutra, tem utilizado resíduos gerados pela construção civil na obra de contenção da cratera que atingiu o km 214 da pista marginal, sentido São Paulo, em Guarulhos, desde janeiro de 2022. A obra deve ser concluída nos próximos meses.
Hoje, o reaproveitamento dos RDC é uma das ações que devem ser popularizadas no setor da construção civil. Uma vez que a maior parte desses resíduos apresentam elevada capacidade de reaproveitamento e reciclagem. No caso da obra em Guarulhos, a concessionária estima reutilizar cerca de 12 mil m³ de resíduos.
Na obra no km 214, o resíduo em uso foi adquirido pela concessionária de uma empresa especializada. Antes de aplicar o RDC, foram realizados ensaios com alguns tipos de materiais da região (solo, areia artificial, material de RCD). E todos eles apontaram para a eficácia do resíduo da construção civil.
“Com os resultados obtidos, verificamos que o material atende perfeitamente aos parâmetros de projetos com plenas condições de ser utilizado mesmo em condições chuvosas, uma vez que o material apresentou características drenantes, o que facilita execução do aterro durante esse período”, explica Rodrigo Ferreira, engenheiro responsável pela obra em Guarulhos.
Atualmente, a obra no km 214 está na fase da execução do aterro da contenção em terramesh – tem como base o sistema de contenção por solo reforçado e a tecnologia de terra armada, desenvolvida. A contenção em terramesh fornece à obra a possibilidade de criação de taludes mais íngremes, facilidade de reforço em locais de difícil acesso e não possui necessidade de fundação específica.
A aplicação do RDC em Guarulhos é o primeiro de uma série de investimentos sustentáveis que a CCR RioSP irá aplicar nas obras que compõem o contrato de concessão. A concessionária estuda a utilização de RAP (material fresado beneficiado) para as obras de ampliação da capacidade de tráfego na região Metropolitana de São Paulo. Além da utilização de RAP, a empresa estuda a utilização dos materiais de demolição das estruturas de concreto após o seu beneficiamento em usina específica. Apenas nas obras da RMSP, a concessionária espera gerar cerca de 23 mil m³, além de outros 8 mil m³ de material de demolição.