Leonardo, assim como Nívea, também foi demitido do emprego
O casal que intimidou um agente da prefeitura do Rio de Janeiro, durante a fiscalização de bares e restaurantes, no último sábado (4), falou em entrevista ao portal G1, hoje, sobre arrependimento e linchamento virtual.
Em local fechado, desta vez com máscaras de proteção, a engenheira química, Nívea Valle Del Maestro, e o engenheiro civil, Leonardo Santos Neves de Barros, alegam que foram mal interpretados e dizem sofrer ameaças.
“Não é arrependimento. Hoje, posso reconhecer minha alteração de voz e meu tom foi mal interpretado. Se a gente se arrepende de alguma coisa é de ter saído de casa”, disse Nívea, ao G1.
As imagens do casal repercutiram nas redes sociais após a reportagem do Fantástico, da TV Globo. A frase dita ao superintendente de Inovação, Pesquisa e Educação na subsecretaria de Vigilância, Flávio Graça, viralizou entre os internautas e motivou a demissão de Nívea da empresa Taesa, onde trabalhava como especialista em planejamento.
“Cidadão, não. Engenheiro civil, formado, melhor do que você”, falou a engenheira, na ocasião.
O confronto começou quando os dois decidiram questionar o superintendente após o bar em que estavam ser alvo de fiscalização por conta de aglomeração. Nívea não gostou de ouvir o agente se referir ao marido como “cidadão” e, segundo ela, não dar explicações sobre a ação.
Assim como a mulher, Leonardo foi demitido. Ele chegou a receber o auxílio emergencial, mas afirmou ter cancelado o benefício ao ser contratado pela empresa que o dispensou recentemente.
Os dois ainda afirmaram que perderam tudo e não têm mais como pagar o aluguel. “Estamos sendo condenados sem direito de defesa. Nossa vida acabou. Perdemos nossos empregos e estamos sendo achincalhados”, disse Nívea.