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Bienal do Livro reduz espaço dos autores de Guarulhos

Bienal do Livro de Guarulhos

Foto: Márcio Lino/PMG

Estrutura de venda para escritores da cidade será pior que nas outras edições do evento

A organização da Bienal do Livro de Guarulhos restringiu as possibilidades de venda de livros dos autores da cidade para esta edição do evento, que vai acontecer de 15 a 24 de março, no Espaço Inter, na Vila Hermínia. Com isso, o faturamento dos escritores locais deve cair drasticamente.

Nas edições de 2018 e 2022, o estande dos Autores de Guarulhos ficou com uma empresa responsável para fazer o controle dos livros que entravam e saíam, venda das obras pelo CrediLivro (que é o cartão disponibilizado pela Prefeitura para professores e alunos da rede municipal), cartão de crédito, dinheiro e até pix.

A curadoria da Bienal fez uma reunião sobre o tema apenas nesta segunda-feira (11) com os autores da cidade, a quatro dias do início do evento. A informação repassada aos escritores é que eles terão que fazer um rodízio para gerir o espaço e terão a disponibilização de uma máquina do CrediLivro para repartir entre eles. O controle será exclusivo para a venda do CrediLivro. Os visitantes poderão pagar por Pix, que estará perto das obras. Porém, o estande não terá comercialização por dinheiro ou cartões de crédito e débito.

Questionadas sobre a possibilidade de repetir o modelo dos anos anteriores, a curadoria e a empresa responsável pela gestão do estande descartaram. Os autores que quiserem vender no estande deverão trabalhar gratuitamente no local, o que prejudica os que já possuem outras ocupações profissionais.

O estande, aliás, não tem garantia sequer de prateleiras – depende dos autores. Para vender os livros por cartões ou dinheiro, apenas quando estiver pessoalmente em até sete horas em todo o evento – uma em palestra e seis na bancada de autógrafos. Há risco ainda de o estande ficar vazio, porque não há nenhuma escala pronta para o evento, que vai durar dez dias.

Indagada pelo GRU Diário, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que atua na mediação do diálogo para que os autores possam ocupar o estande de forma cooperativa, sem justificar porque retroagiu do modelo adotado nas Bienais anteriores.

A pasta ainda ponderou que melhorou o espaço de acolhimento do escritores para autógrafos e que garantiu um estande permanente com venda pelo Credilivro – o que já existia nas outras edições.

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