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Bacelarismo: Um bom suco que tem dado bons frutos

Independiente Del Valle

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Quem ainda se choca com Independiente del Valle, claramente, não acompanha o futebol sul-americano com atenção

Quando o Athletico eliminou o Palmeiras na semifinal da Libertadores deste ano, muita gente fez questão de bater palmas para a equipe. Afinal, desde 2018, o time conquistou duas vezes a Sul-Americana e, neste ano, chegou à decisão da principal competição de clubes do continente. Pois, no último sábado, 1° de outubro, o equatoriano Independiente del Valle igualou tais feitos, mas em um período um pouco maior.

Em 2016, a equipe foi finalista da Libertadores, ocasião em que foi derrotada pelo colombiano Atlético Nacional de Medellín. Já em 2019 e 2022, o Del Valle conquistou a Sul-Americana, superando o Corinthians, na semifinal, e o São Paulo, na decisão, nessas campanhas. E não é preciso dizer o quanto esses times brasileiros são enormes, mesmo não vivendo os seus melhores dias quando enfrentaram o time equatoriano.

Há três anos, o Del Valle, então treinado pelo espanhol Miguel Ángel Ramirez, deu um baile no Corinthians em plena Neo Química Arena (que ainda não tinha esse nome). O time alvinegro, à época dirigido por Fábio Carille, não viu a cor da bola e perdeu por 2 a 0 em casa. Ninguém me contou isso. Eu vi com os meus próprios olhos, in loco, no estádio corintiano.

Na volta, em Quito, um empate por 2 a 2 classificou a equipe equatoriana para a grande decisão da Sul-Americana, a qual venceu o argentino Colón por 3 a 1.

Aquele Del Valle de 2019 me encantou tanto, que cheguei a querer Ramirez como treinador do meu time. No ano seguinte, a diretoria do Palmeiras também o quis, mas ele pediu um tempo que o Verdão não tinha. Veio Abel Ferreira e o resto é história.

Ramirez, então, parou no Internacional de Porto Alegre, clube no qual não foi bem e ficou pouquíssimo tempo. Uma pena. Eu, realmente, torcia por ele. Não só pelo trabalho apresentado no Del Valle, mas, também, por sua ideia de futebol demonstrada em entrevistas.

E tal ideia continua presente no clube equatoriano. O atual técnico, Martín Anselmi, de apenas 37 anos, foi auxiliar de Ramirez. E, no sábado, contra o São Paulo, foi possível ver um time que gosta da bola e que envolve seu adversário quando não é neutralizado. Um futebol gostoso de assistir e que dá resultados, vide as conquistas recentes.

No dia a dia, costumamos dizer que bons frutos dá um bom suco, mas no futebol do Equador – e da América do Sul – é um bom suco que tem dado bons frutos.

Até a próxima semana!

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