Já tem gente querendo analisar Diniz por dois jogos à frente da Seleção, enquanto demora da CBF para se decidir pode adiar o hexa mais uma vez
É cedo…
Para dizer se o técnico Fernando Diniz fará um bom trabalho na Seleção. A goleada por 5 a 1 contra a Bolívia não era para empolgar. No último ciclo, ainda com o Tite, o Brasil fez 5 a 0 na mesma rival.
A magra vitória por 1 a 0 diante do Peru, tampouco, é para críticas. Só aguentei ver o primeiro tempo, que foi fraco, é verdade. Mas, mesmo assim, a Seleção marcou dois gols (invalidados). Um deles foi anulado por centímetros. No fim, os três pontos vieram e não é tão simples ganhar fora de casa nas Eliminatórias.
Já disse algumas vezes, aqui, neste espaço, que gosto do trabalho do Diniz. Desde 2008, quando ganhou o Brasileiro pela última vez, o São Paulo só chegou perto do título nacional sob o comando do treinador. Inclusive, ele também conduziu o Tricolor à semifinal da Copa do Brasil. Agora, no Fluminense, levou o time à semi da Libertadores e, pelo segundo ano consecutivo, faz um Brasileiro bastante digno.
A única coisa que me incomoda é a divisão de tempo que ele faz entre a Seleção e o Fluminense. O ideal seria que ele se dedicasse exclusivamente ao Brasil ou à equipe das Laranjeiras.
É tarde…
Demais para a CBF definir o futuro da Seleção. Em outro texto, eu afirmei que valeria a pena esperar pelo italiano Carlo Ancelotti.
Mas ele vem mesmo? Se assumir, de fato, a transição já tem sido feita ou ele fará um trabalho completamente diferente do que tem sido realizado por Diniz?
Espero, de verdade, que a CBF tenha essas respostas. Embora, infelizmente, eu duvide.
Gostaria de estar errado, porque não quero dizer adeus ou jamais para o hexa.
*Vinícius Bacelar é jornalista, formado pela Universidade São Judas Tadeu, acumula passagens por algumas das principais redações do Brasil, como Agora S.Paulo, Folha de S. Paulo, R7 e UOL. Também foi editor do Metrô News. Como assessor de imprensa atuou nas eleições municipais de Guarulhos de 2016. Posteriormente, atendeu o Esporte Clube Água Santa, o Bangu Atlético Clube e o Boston City FC Brasil, além de atletas, técnicos e dirigentes.